Irani Mariani – advogado, OAB/RS 5.715
Estamos diante do nascedouro da ideologia de que o ser humano nasce com sexo indefinido e que a definição do sexo decorre da opção de cada um, relegando para o plano secundário os aspectos físicos, internos e externos, que caracterizam o masculino e o feminino.
Nesse sentido, ainda, pretende-se refrear o sexo psicossocial, fundamentado na característica masculina ou feminina, originário da educação familiar, societária e escolar.
Então, a criança seria sexualmente neutra, e assim passaria a ser tratada e educada nas escolas para fazer a opção: homem ou mulher independente das características físicas próprias de cada sexo.
Aprendi, quando me foram ministradas aulas de biologia, nos idos tempos de ginásio e clássico-científico (1957/1963), que o homem é, inicialmente, na fase embrionária, bissexuado e assim evolui até a definição do sexo, mas tudo ainda no ventre materno.
Assim, como leigo, tenho conhecimento de que há o momento, no ventre materno, onde o sexo da criança se define, seguindo-se, a partir daí, a evolução com as características próprias: masculina ou feminina.
Mas também pode acontecer algum tipo de acidente no momento da definição do sexo, no ventre materno, gerando, assim, pessoas cujo sexo não é definido pelas características físicas, tais como a genitália ou testículos. Há pouco mais de um ano assisti, num programa de televisão, a entrevista de um médico especializado nessa matéria, onde ele afirmou que tanto a definição do sexo quanto o acidente que leva a anomalias sexuais ainda são mistérios da natureza.
Ora, se não há como explicar também não há como evitar e, assim, devemos aceitar esse fenômeno como obra do Supremo Criador, inclusive com relação a opção sexual face o misterioso acidente que pode acontecer no momento da definição do sexo. E tal opção deve acontecer, não na escola, por indução, mas segundo a inclinação de cada um, por ser da própria natureza. E natureza não se muda. Aceita-se.