CORRUPÇÃO SISTÊMICA E ENDÊMICA

Irani Mariani – advogado, OAB/RS 5.715

”Quando os maus governam, multiplicam-se os crimes.” (Provérbios, 29,16, Sentenças de Salomão)

A endemia caracteriza a doença peculiar a um povo ou região. Já o sistema é o “Conjunto de princípios, verdadeiros ou falsos, donde se deduzem conclusões, coordenadas entre si, sobre as quais se estabelece uma doutrina, opinião ou teoria.” (Dicionários).

Há muitos anos, se fala que no Brasil a corrupção é endêmica; mas agora, a partir da recente entrevista do senador cassado, Delcídio Amaral, no programa Roda Viva, da TV Cultura, ele revelou que a corrupção tornou-se também sistêmica no governo do PT.

É verdade que no Brasil a corrupção é endêmica, mas foi agravada no governo do PT por tê-la tornado sistema de governo, tal qual doutrina.

Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, pessoa que foi pobre, operário mecânico, carismático, fez uma carreira política vertiginosa, tendo como lema a bandeira da moralidade e do combate à corrupção. Mas o seu governo, somado ao de Dilma Rousseff, que durou 13 anos, número da estrela do PT, está sendo considerado o governo mais corrupto da história do Brasil: quebra da Petrobrás e da Eletrobrás; o PIB despencando; rombos na Caixa Econômica Federal, entre outras empresas estatais; inflação perto de 10% ao ano; e, entre outras, em torno de 11 milhões de desempregados sem luz no horizonte.

Então, a lição que Lula e o PT nos deixam é a de que, de fato, a corrupção no Brasil é endêmica e ninguém está a salvo desse vírus. Por isso, sai partido e entra partido, a corrupção continuará. E assim não terminará se não dermos uma guinada de 180 graus. Como? Conscientizando-nos da importância do voto, responsabilizando os partidos e até cassando siglas partidárias pela indicação de candidatos corruptos, reformas estruturais para desinchar o Estado, redução do número de políticos a níveis compatíveis, fim dos privilégios nas funções públicas, entre outras nesse sentido.

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