Irani Mariani – advogado, OAB/RS 5.715
Pelo lamaçal de corrupção denunciado nas operações de “limpeza”, descobrimos que estamos sob a égide de um Estado corporativista nefasto e que inclusive conseguiu dividir a sociedade brasileira em duas: a do andar de cima integrada pelos marajás dos poderes constituídos; e a do andar de baixo (a maioria da sociedade brasileira), que a sustenta, segundo afirmou empresário Paulo Vellinho (Jornal do Comércio, 23/02/16, pg. 4/Opinião); e de um Estado que destrói a nação, preguiçoso, corrupto e distante da sociedade, conforme disse o outro empresário Sérgio Kaminski (Jornal do Comércio, 01/03/16, pg. 4/Opinião).
A verdade que nos foi revelada é dura: quase todos os políticos são responsáveis pelos desmandos que levaram o País e estatais à insolvência, inúmeros políticos estão sendo investigados, outros foram denunciados e outros já foram condenados pelo Judiciário.
Então, agora sabemos onde está a origem dos males que nos afligem.
Como disse Comenius (1592-1670): “Quanto mais a verdade for revelada mais felizes os homens serão.”; ou, “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (Jesus Cristo).
Com o processo de impeachment contra Presidente Dilma, assumiu o Vice Michel Temer também com ameaça de impeachment e dois ministros demitidos em menos de 20 dias de governo. Outros políticos da base do atual Governo também estão sendo investigados.
O clima é de apreensão; e a população, sabendo da verdade, vai querer se libertar do mal que a aflige.
Fala-se em ELEIÇÕES GERAIS, solução que, a meu ver, não resolveria o problema devido ao curto espaço de tempo e ao provável retorno dos mesmos políticos ao poder.
Conciliação Nacional, sim, porém, primeiro, a classe política, na pessoa do Presidente interino deveria ajoelhar-se perante a população brasileira e pedir perdão pelos desmandos cometidos e jurar nunca mais cometê-los, para aplacar os ânimos. Afinal, a Igreja Católica, que si diz “santa”, já fez isso.